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quarta-feira, 17 de março de 2010

Conversa com Deus: rezar ou orar? by Abílio Diniz

Conversa com Deus: rezar ou orar?
Diferentes formas para suprir a mesma necessidade

O filósofo e teólogo Santo Agostinho já afirmava, em meados do século IV d. C., que para alcançarmos a felicidade, “a verdadeira Vida nos ensinou a orar”. Presente desde os tempos mais remotos, o costume de orar ou de relacionar-se com um ser transcendente é um fenômeno antropológico.
Estudos atestam que o ato de “conversar com Deus” proporciona inúmeros benefícios ao fiel, entre eles, a melhora do estado psicológico e a manutenção de ideais de esperança, perdão, altruísmo e amor. No entanto, e mesmo sendo vistos como importantes expressões religiosas, os termos ‘orar’ e ‘rezar’, não possuem, necessariamente, o mesmo sentido.
Segundo Ricardo Bitun, doutor em Sociologia e professor de Teologia na Universidade Presbiteriana Mackenzie, o cristianismo é caracterizado pela crença em um Deus pessoal. Dessa forma, tanto católicos como protestantes “falam com Deus porque ele é um ser relacional para o qual você agradece, pede ou suplica.”
Na Enciclopédia Católica Popular, o verbete ‘oração’ tem a mesma acepção de ‘rezar’. Ambos significam “falar com Deus e elevar a mente para louvar e lhe pedir o que é bom para a salvação”. Bitun afirma, porém, que em termos práticos orar subentende uma ‘conversa’ mais espontânea, na qual o individuo expõe as questões que lhe são pertinentes no momento. Rezar, por sua vez, caracteriza-se pela repetição de um discurso já preestabelecido. Mesmo delimitando algumas diferenças, o sociólogo afirma não haver um script para expressar a sensibilidade e elevação do pensamento a um Ser Superior.
Afinal, até o silêncio pode ser considerado uma prece.

http://abiliodiniz.uol.com.br

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